quarta-feira, 1 de julho de 2009

Review "Metroid Prime 3: Corruption"

Quando a Wii foi lançada, toda a gente sonhou com o que se poderia fazer com aquele comando mágico: jogar golfe, ténis... mas havia um tipo de jogos que, supostamente, iria sair muito bem na Wii: os First Person Shooters.
Todos os FPS que sairam bem cedinho não são grande coisa: tive a oportunidade de jogar Redsteel, e aquilo é o terror.
Mas tinha de haver algum salvador. A Nintendo teve de meter a mão para não arruinar este género na sua consola e por isso lançou o último episódio da trilogia "Metroid Prime".
Para quem não sabe, a trilogia "Metroid Prime" retrata uma das primeiras heroínas femininas dos videojogos, Samus Aaran, e a sua luta contra uma substância radioactiva, com capacidades mutagénicas chamada "Phazon", que tem uma cor azul-brilhante, que lhe dá um ar perigoso. Para além disso, esta substância multiplica várias vezes o poder de um organismo, tornando-o agressivo e super-poderoso.
Neste episódio da trilogia, Samus tem de proteger os planetas controlados pela Federação Galáctica da corrupção de Phazon, que chega a partir de um tipo de meteoritos recheados com a coisa. Para isso tem de enfrentar inimigos, resolver puzzles e arranjar upgrades para o seu fato.

Chega de história, que eu não quero spoilar nada. O que importa mesmo neste jogo é o gameplay. Pensava-se impossível fazer um bom FPS na Wii, mas este jogo conseguiu. Se nas opções, o colocarmos com a sensibilidade alta, está garantido que iremos passar uns bons momentos a destruir os Piratas do Espaço, explodindo mísseis nas suas caras e enchendo-os de Phazon que emana da nossa própria arma. Este é um dos aspectos em que o jogo difere dos outros episódios: nós podemos usar phazon para aumentar o nosso firepower, com uma coisa chamada "Hypermode". Basta apenas carregar no botão +, e estamos super-poderosos. É claro que não podemos abusar, ou arriscamos morte por corrupção.
Os controlos são fluidos, simples e práticos. Para apontar basta... apontar o comando para o ecrã da TV e funciona perfeitamente. Sem falhas. É difícil explicar, mas se alguma vez jogarem este jogo, verão que os controlos são deliciosos, e nunca mais irão tocar nos joystics dos comandos da concorrência.
Uma das coisas que mais influencia o gameplay, para além do Hypermode, é a MorphBall. Samus consegue-se encolher até ao tamanho de uma bola e assim, passar por tubos e espaços claustrofóbicos sem o mímimo dos problemas. Também consegue colocar bombas com ela e assim destruir pequenos painéis, revelando passagens secretas.
O mapa também se diferencia dos episódios anteriores: em vez de termos um planeta confuso e grande, temos a nossa área de jogo dividida por vários espaços: 5 planetas e 2 naves espaciais, permitindo uma navegação muito mais intuitiva. E isto leva a outro aspecto importante do jogo: agora podemos controlar a nossa nave e ela ajuda-nos em muitas tarefas, quer seja rebentar com as cabeças dos nossos inimigos mais ferozes, quer seja levar cargas de enorme peso. E, claro, também nos ajuda a recarregar as energias e salvar.
O Jogo é mesmo muito fixe, com missões variadas e interessantes. Além disso, somos propelidos para continuar para ver que upgrade iremos ganhar a seguir e que novas áreas, expansões e goodies é que poderemos obter.

Depois de falar tão bem, tenho algumas coisas más a dizer.
Uma das coisas que mais me perturba é que, ao contrário dos jogos anteriores, não podemos trocar de armas durante o jogo: se ganhamos o Plasma Beam, já não podemos usar o beam anterior. Com isto, o jogo parece um pouco monótono no que toca a armas, pois não podemos trocar de tipo de beam e esplodir o crânio dos nossos inimigos de formas diferentes. Outra coisa que foi subtraída foram alguns power-ups, clássicos desta série: claro, o Screw Attack ainda está la (yay!), mas sinto falta do Super Missile e da Power Bomb, que estão presentes em jogos anteriores. Em vez disso, temos variações destes em Hypermode, que nos colocam em perigo e nos retiram muita energia (para além do mais não são tão espectaculares como o Super Missile ou a Power Bomb).
Outra coisa: há poucos sítios onde podemos salvar convenientemente o jogo. Se queremos jogar um bocado, temos de ter algum tempo livre, ou arriscamo-nos a não encontrar uma Save Station e lá se vai todo o nosso trabalho pelo cano abaixo.
A comparar com os outros jogos da série, este é sem dúvida o mais fácil: estamos sempre a ser ajudados pela federação, dizendo-nos para onde ir (embora ainda se tenha de explorar um bom bocado), o que arranjar e como fazer certas coisas, o que tira um bocado aquele sentimento de solidão característico de Metroid. Para além disso, os inimigos são fáceis de matar, e não é preciso muito processo de dedução para saber como fazê-lo: basta apenas scanná-los com o nosso Scan Visor, e tá feito, já sabemos como rebentar os miolos. Os bosses ainda são interessantes, mas um pouco mais fáceis. É claro, se quiserem ser masoquistas, estejam à vontade de tentar passar o jogo nas dificuldades mais altas: aí sim, o jogo torna-se um desafio e iremos ver o Game Over Screen muitas mais vezes.
Outra coisa: falta multiplayer. Metroid Prime 2 tinha, porque não este? Até podia ter wi-fi e batalhas online, mas não. outra coisa que me chateia.

Resumindo: é um óptimo jogo, controlos perfeitos, gameplay interessante, mas com algumas falhas, comparado com outros jogos da série.
SE já têm uma Wii, comprem este jogo (se é que já não o fizeram). Se não têm uma wii, experimentem este jogo. Não se irão arrepender.

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